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"Vives novamente na carne para o burilamento do teu espírito." - Militão Pacheco

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sábado, 10 de dezembro de 2016

SÓ PODE DAR AQUELE QUE TEM



Para Refletir:

Um dia, que será noite em teus olhos, deixarás pratos cheios e móveis abarrotados, cofres e enfeites, para a travessia de grande sombra; entretanto, não viajarás de todo nas trevas, porque as migalhas de amor que tiveres distribuído estarão multiplicadas em tuas mãos como bênçãos de luz.

Meimei


Michel Pépé - Le Mantra du Coeur
https://www.youtube.com/watch?v=PRPe-rIxkvs

domingo, 27 de novembro de 2016

LIVRE-ARBÍTRIO E PROVIDÊNCIA




Autor: Léon Denis

Um dos problemas que mais preocuparam os filósofos e os teólogos é o do livre arbítrio: conciliar a vontade e a liberdade do homem com o fatalismo das leis naturais e com a vontade divina, parecia tanto mais difícil quanto um cego acaso parecia pesar, aos olhos de muitos, sobre o destino humano. O ensinamento dos espíritos esclareceu o problema: a fatalidade aparente que semeia de males o caminho da vida, não é mais que a conseqüência lógica do nosso passado, um efeito que se refere a uma causa, é o cumprimento do destino por nós mesmos aceito antes de renascer, e que nossos guias espirituais nos sugerem para nosso bem e nossa elevação.

Nas camadas inferiores da criação, o ser não tem ainda consciência; apenas a fatalidade do instinto o impele, e não é senão nos tipos superiores da animalidade que surgem, timidamente, os primeiros sintomas das faculdades humanas. A alma, jungida ao ciclo humano, desperta para a liberdade moral, o juízo e a consciência desenvolvem-se cada vez mais no curso de sua imensa parábola: colocada entre o bem e o mal, ela faz o confronto e escolhe livremente, tornada sábia pelas quedas e pela dor; e na prova, sua experiência forma-se e sua força mental se afirma.

A alma humana, livre e consciente, não pode mais recair na vida inferior: suas encarnações sucedem-se na dos mundos, até que, ao fim de seu longo trabalho, tenha conquistado a sabedoria, a ciência e o amor, cuja posse a emancipará para sempre das encarnações e da morte, abrindo-lhe a porta da vida celeste.

A alma alcança seus destinos, prepara suas alegrias ou dores, exercendo sua liberdade, porém, no curso de sua jornada, na prova amarga e na ardente luta das paixões, a ajuda superior não lhe será negada e, se ela mesma não a afasta, por parecer indigna dela, quando a vontade se afirma para retomar o caminho do bem, o bom caminho, a providência intervém e propicia-lhe ajuda e apoio, Providência é o espírito superior, o anjo que vigia na desventura, o Consolador invisível cujas inspirações aquecem o coração enregelado pelo desespero, cujos fluidos vivificadores fortalecem o peregrino cansado; providência é o farol aceso na noite para salvação daqueles que erram no oceano proceloso da existência; providência é, ainda e sobretudo, o amor divino que se derrama sobre suas criaturas. E quanta solicitude, quanta previdência neste amor. Não suspendeu os mundos no espaço, acendeu os sois, formou os continentes, os mares, para servir de teatro à alma, de campo aos seus progressos? Esta grande obra de criação cumpre-se somente para a alma, para ela combinam-se as forças naturais, os mundos deixam as nebulosas.

A alma é nascida para o bem, mas para que ela possa apreciá-lo na justa medida, para que possa conhecer-lhe todo o valor, deve conquistá-lo desenvolvendo livremente as próprias potencialidades: a liberdade de ação e a responsabilidade aumentam com sua elevação, pois quanto mais ela se ilumina mais pode e deve conformar a sua obra pessoal às leis que regem o universo.

A liberdade do ser é exercida, pois, em um círculo limitado, parte pelas exigências da lei natural que não sobre violações ou desordens neste mundo, parte pelo passado do próprio ser, cujas conseqüências se refletem sobre ele através dos tempos, até a completa reparação.

Assim o exercício da liberdade humana não pode obstar, em caso algum, a execução do plano divino, sem o que a ordem das coisas seria continuamente perturbada: acima de nossas vistas limitadas e variáveis, permanece e continua a ordem imutável do universo. Somos quase sempre maus juizes daquilo que é nosso verdadeiro bem; se a ordem natural das coisas devesse dobrar-se aos nossos desejos, que espantosas perturbações não resultariam disto?

A primeira coisa que o homem faria, se possuísse liberdade absoluta, seria afastar de si todas as causas de sofrimento, e assegurar para si uma vida plena de felicidade: ora, se existem males que a inteligência humana tem o dever e os meios de conjurar e destruir, como os que provêm do ambiente terrestre, outros existem que são inerentes à nossa natureza, como os vícios, que somente a dor e a repressão podem domar.

Neste caso a dor torna-se uma escola, ou antes, um remédio indispensável, pelo qual as provas são apenas uma repartição equânime da infalível justiça: é por ignorar os fins desejados por Deus, que nos tornamos rebeldes à ordem do mundo e às suas leis, e se elas são suscetíveis de nossas críticas, é apenas porque ignoramos o seu oculto poder.

O destino é conseqüência de nossos atos e de nossas livres resoluções: no suceder-se das existências, na vida espiritual, mais esclarecidos sobre nossas imperfeições e preocupações com os meios de eliminá-las, aceitamos a vida material sob a forma e nas condições que nos parecem adequadas a atingir esta finalidade. Os fenômenos do hipnotismo e da sugestão mental explicam-nos o que acontece em tais casos, sob a influência de nossos protetores espirituais; no estado de sonambulismo, a alma empenha-se a realizar uma certa ação em certo momento, por sugestão do magnetizador, e, despertada, sem recordar aparentemente a promessa, executa com exatidão o ato imposto. Assim o homem não conserva lembrança das resoluções que tomou antes de renascer, mas, chegada a hora, afronta os acontecimentos previstos, e participa deles na medida necessária ao seu progresso, ou ao cumprimento da lei inexorável.

Livro: Depois da Morte

NÃO TE PERMITAS


Creia-se ou não, o intercâmbio espiritual sucede, naturalmente, dentro das leis de afinidade que regem a vida.

Onde o homem estagie o pensamento e situe os valores morais, aí ocorrem os mecanismo da sintonia que facultam o intercurso espiritual.

Afinal, os Espíritos são os homens mesmos, desvestidos do invólucro material, prosseguindo conforme as próprias conquistas.

Quando atrasados, perseveram nos estados primeiros do seu processo de evolução; malévolos, continuam atados à malquerença; perversos, permanecem comprazendo-se nas aflições que promovem; invejosos, estagiam na paixão desgastante que os intoxica;

perseguidores, dão larga às tendências selvagens que cultivam;

odientos, ampliam o círculo em que estertoram, contaminando aqueles que lhes tombam nas armadilhas.

Assim também ocorre com os que vivem a beleza e o amor, fomentam o trabalho e as artes, exercitam as virtudes e promovem o progresso, entesourando conquistas relevantes, de que se fazem depositários, irradiando o bem e mimetizando as criaturas que lhes facultam a assistência benéfica.

Não te permitas, desse modo, deslizes morais.

Instaura o período da vigilância pessoal e vitaliza o dever na mente para exercê-lo nos sentimentos junto ao próximo.

Os que partem da Terra, fortemente imantados aos vícios, retornam ávidos, sedentos, ansiosos, tentando continuar o infeliz programa, ora interrompido, utilizando-se de áulicos afins que lhes cedam os órgãos físicos...

Em conseqüência, a caravana das vítimas-inermes, padecendo as rudes obsessões espirituais, é muito grande.

Liberta-te das paixões inferiores, trabalhando as aspirações e plasmando o futuro mediante a ação correta.

Muda os clichês mentais viciosos e renova as paisagens íntimas.

Faze a oração do silêncio, reflexionando sobre os reais valores da vida.

Vincula-te ao amor ao próximo, contribuindo de alguma forma para o bem de alguém, para o bem geral.

Sentindo açuladas as tendências negativas, desperta e reage, não te deixando hipnotizar pelos Espíritos perturbadores.

Sintoniza com Jesus, e Ele, o Amigo Incondicional e Libertador, virá em teu socorro, favorecendo-te com a paz e a alegria.

Autor: Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Franco. Do livro: Alerta

Fonte: http://www.oespiritismo.com.br

O *AMOR* É O CAMINHO QUE NOS CONDUZ A *DEUS*






Para Refletir:

Por onde formos, Jesus, Mestre Silencioso, nos chama ao testemunho da lição que aprendemos.


Nas menores experiências, no trabalho ou no lazer, no lar ou na via pública, eis que nos convida ao exercício incessante do bem.

Nesse sentido, o discípulo do Evangelho encontra no mundo o santuário de sua fé e na Humanidade a sua própria família.

Assinalando, pois, a norma cristã, como inspiração para todas as lides cotidianas, ouçamos a palavra do Senhor em todos os ângulos do caminho, procurando segui-lo com invariável fidelidade, hoje e sempre. 


Emmanuel


Michel Pépé × L'eau De Cristal
https://www.youtube.com/watch?v=WeRE9FSQDYE

domingo, 20 de novembro de 2016

O CAMINHO DO *AMOR* É O *PERDÃO*




Para Refletir:

Perdoa agora, hoje e amanhã, incondicionalmente. Recorda que todas as criaturas trazem consigo as imperfeições e fraquezas que lhe são peculiares, tanto quanto, ainda desajustados, trazemos também as nossas.

Chico Xavier 

Michel Pépé : Hommage à la Vie. Souvenez vous d'où vous venez....wmv https://www.youtube.com/watch?v=vKTbgh4ZjZc

sábado, 19 de novembro de 2016

*AMAR* É DOAR DE SI MESMO




Para Refletir:
 
Hoje mesmo, em casa, alguém te pede entendimento e carinho e, além do reduto doméstico, legiões de pessoas aguardam-te os gestos de fraternidade e compreensão.

Recorda que a fonte da caridade tem nascedouro em ti mesmo e não descreias da possibilidade de auxiliar.

Para transmitir-nos semelhante verdade, Jesus, a sós, sem fiança terrestre, usou as margens de um lago simples, ofertou simpatia aos que lhes buscavam a convivência, confortou os enfermos da estrada, falou do Reino de Deus a alguns pescadores de vida singela e transformou o mundo inteiro, revelando-nos, assim, que a caridade tem o tamanho do coração.

Meimei

♡ Michel Pépé - La Rose Magnifique - Elixir d'Amour
https://www.youtube.com/watch?v=QqVPPLAhAus

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

É PARA ISTO



A fileira dos que reclamam foi sempre numerosa em todas as tarefas do bem.

No apostolado evangélico, reparamos, igualmente, essa regra geral.

Muitos aprendizes, em obediência ao pernicioso hábito, preferem o caminho dos atritos ou das dissidências escandalosas. No entanto, mais algum raciocínio despertaria a comunidade dos discípulos para a maior compreensão. Convidar-nos-ia Jesus a conflitos estéreis, tão-só para repetir os quadros do capricho individual ou da força tiranizante? Se assim fora, o ministério do Reino estaria confiado aos teimosos, aos discutidores, aos gigantes da energia física.

É contra-senso desfazer-se o servidor da Boa Nova em lamentações que não encontram razão de ser.

Amarguras, perseguições, calúnias, brutalidade, desentendimento?

São velhas figurações que atormentam as almas na Terra.

A fim de contribuir na extinção delas é que o Senhor nos chamou às suas fileiras. Não as alimentes, emprestando-lhes excessivo apreço.

O cristão é um ponto vivo de resistência ao mal, onde se encontre. Pensa nisto e busca entender a significação do verbo suportar.

Não olvides a obrigação de servir com Jesus. É para isto que fomos chamados.

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Pão Nosso'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

NO SERVIÇO CRISTÃO



Não falta quem veja no Espiritismo mero campo de experimentação fenomênica, sem qualquer significação de ordem moral para as criaturas.

Muitos aprendizes da consoladora Doutrina, desse modo, limitam-se às investigações de laboratório ou a discussões filosóficas.

É imperioso reconhecer, todavia, que há tantas categorias de homens desencarnados, quantas são as dos encarnados.

Entidades discutidoras, levianas, rebeldes e inconstantes transitam em toda parte. Além disso, incógnitas e problemas surgem para os habitantes dos dois planos.

Em vista de semelhantes razões, os adeptos do progresso efetivo do mundo, distanciados da vida física, pugnam pelo Espiritismo com Jesus, convertendo-nos o intercâmbio em fator de espiritualidade santificante.

Acreditamos que não se deve atacar outro círculo de vida, quando não nos encontramos interessados em melhorar a personalidade naquele em que respiramos.

Não vale pesquisar recursos que não nos dignifiquem.

Eis por que para nós outros, que supomos trazer o coração acordado para a responsabilidade de viver, Espiritismo não expressa simples convicção de imortalidade: é clima de serviço e edificação.

Não adianta guardar a certeza na sobrevivência da alma, além da morte, sem o preparo terrestre na direção da vida espiritual. E nesse esforço de habilitação, não dispomos de outro guia mais sábio e mais amoroso que o Cristo.

Somente à luz de suas lições sublimes é possível reajustar o caminho, renovar a mente e purificar o coração.

Nem tudo o que é admirável é divino.

Nem tudo o que é grande é respeitável.

Nem tudo o que é belo é santo.

Nem tudo o que é agradável é útil.

O problema não é apenas de saber. É o de reformar-se cada um para a extensão do bem.

Afeiçoemo-nos, pois, ao Evangelho sentido e vivido, compreendendo o imperativo de nossa iluminação interior, porque, segundo a palavra oportuna e sábia do Apóstolo, “todos devemos comparecer ante o tribunal do Cristo, a fim de recebermos, de acordo com o que realizamos, estando no corpo, o bem ou o mal”.

Emmanuel
Pedro Leopoldo, 22 de fevereiro de 1950.

Do livro 'Pão Nosso'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

domingo, 23 de outubro de 2016

CRÊ E SEGUE

 
Se abraçaste, meu amigo, a tarefa espiritista-cristã, em nome da fé sublimada, sedento de vida superior, recorda que o Mestre te enviou o coração renovado ao vasto campo do mundo para servi-lo.

Não só ensinarás o bom caminho. Agirás de acordo com os princípios elevados que apregoas.

Ditarás diretrizes nobres para os outros, contudo, marcharás dentro delas, por tua vez.

Proclamarás a necessidade do bom ânimo, mas seguindo, estrada afora, semeando alegrias e bênçãos, ainda mesmo quando incompreendido de todos.

Não te contentarás em distribuir moedas e benefícios imediatos.

Darás sempre algo de ti mesmo ao que necessita.

Não somente perdoarás. Compreenderás o ofensor, auxiliando-o a reerguer-se.

Não criticarás. Encontrarás recursos inesperados de ser útil.

Não deblaterarás. Valer-te-ás do tempo para materializar os bons pensamentos que te dirigem. 

Não disputarás inutilmente. Encontrarás o caminho do serviço aos semelhantes em qualquer parte.

Não viverás simplesmente no combate palavroso contra o mal. Reterás o bem, semeando-o com todos.

Não condenarás. Descobrirás a luz do amor para fazê-la brilhar em teu coração, até o sacrifício.

Ora e vigia.

Ama e espera.

Serve e renuncia.

Se não te dispões a aproveitar a lição do Mestre Divino, afeiçoando a própria vida aos seus ensinamentos, a tua fé terá sido vã.

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Pão Nosso'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

COOPERAÇÃO E INTEGRIDADE NO CAMINHO DA *LUZ*



Para Refletir:
Deus em nós é a força da vida e a luz inextinguível.
Corações difíceis a conduzir, calvários domésticos, searas de esperança, oficinas de beneficência e apostolados no bem, são tarefas que, a Sabedoria Divina poderia executar claramente sem tí, no entanto, quis Deus a tua cooperação nas obras da sublimação e do progresso, a fim de que venhas a desenvolver nesse esforço as tuas qualidades divinas. Por mais constrangedoras as circunstâncias, serve e segue adiante.
Onde te encontres e como te encontres, recorda que Deus conta contigo, tanto quanto contas com Deus.
Meimei

Michel Pépé : L'Appel Divin + Pure Lumière
https://www.youtube.com/watch?v=XBhIXZ7IxEc

sábado, 15 de outubro de 2016

SOMOS *AMOR*... SOMOS *LUZ*


Para Refletir:

A não-violência não existe se apenas amamos aqueles que nos amam. Só há não-violência quando amamos aqueles que nos odeiam. Sei como é difícil assumir essa grande lei do amor. Mas todas as coisas grandes e boas não são difíceis de realizar? O amor a quem nos odeia é o mais difícil de tudo. Mas, com a graça de Deus, até mesmo essa coisa tão difícil se torna fácil de realizar, se assim queremos.

Mahatma Gandhi

♥ Michel Pépé - La Splendeur du Soleil ♥

https://www.youtube.com/watch?v=yLNWoXf7Y6I

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

A ERA DO *AMOR*

 
Para Refletir:

Especialmente nesta hora chegou à Terra o Espiritismo, a fim de convidar as criaturas desnorteadas a encontrar o rumo nos deveres éticos, restaurando a paz e a alegria real nos corações, sem a música mentirosa das sereias mitológicas...

Restaurando a palavra de Jesus, propõe uma revisão ética dos postulados do Cristianismo também ultrajado, a fim de que se revivam os comportamentos de Jesus e dos Seus primeiros discípulos, dando lugar à lídima fraternidade, à iluminação de consciências, ao serviço da caridade.

Joanna de Ângelis

Moonlight Sonata - Beethoven
https://www.youtube.com/watch?v=vQVeaIHWWck

domingo, 18 de setembro de 2016

VAMOS REFLETIR?



“No começo, eu tinha o entusiasmo da juventude. Pedia a Deus que me desse forças para mudar a humanidade. Aos poucos, percebi que isto era impossível. Então passei a pedir a Deus que me desse forças para mudar quem estava à minha volta”.

“Agora já estou velho, e minha oração é muito mais simples. Peço a Deus o que devia ter pedido desde o começo”.

“Peço para que consiga mudar a mim mesmo”.

Paulo Coelho

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

O FILHO DO ORGULHO




O melindre - filho do orgulho - propele a criatura a situar-se acima do bem de todos. É a vaidade que se contrapõe ao interesse geral. 

Assim, quando o espírita se melindra, julga-se mais importante que o Espiritismo e pretende-se melhor que a própria tarefa libertadora em que se consola e esclarece.

O melindre gera a prevenção negativa, agravando problemas e acentuando dificuldades, ao invés de aboli-los. Essa alergia moral demonstra má-vontade e transpira incoerência, estabelecendo moléstias obscuras nos tecidos sutis da alma.

Evitemos tal sensibilidade de porcelana, que não tem razão de ser.

Basta ligeira observação para encontra-la a cada passo:

É o diretor que tem a sua proposição refugada e se sente desprestigiado, não mais comparecendo às assembléias.

O médium advertido construtivamente pelo condutor da sessão, quanto à própria educação mediúnica, e que se ressente, fugindo às reuniões.

O comentarista admoestado fraternalmente para abaixar o volume da voz e que se amua na inutilidade.

O colaborador do jornal que vê o artigo recusado pela redação e que se supõe menosprezado, encerrando atividades na imprensa.

A cooperadora da assistência social esquecida, na passagem de seu aniversário, e se mostra ferida, caindo na indiferença.

O servidor do templo que foi, certa vez, preterido na composição da mesa orientadora da ação espiritual e se desgosta por sentir-se infantilmente injuriado.

O doador de alguns donativos cujo nome foi omitido nas citações de agradecimento e surge magoado, esquivando-se a nova cooperação.

O pai relembrado pela professora das aulas de moral cristã, com respeito ao comportamento do filho, e que, por isso, se suscetibiliza, cortando comparecimento da criança.

O jovem aconselhado pelo irmão amadurecido e que se descontenta, rebelando-se contra o aviso da experiência.

A pessoa que se sente desatendida ao procurar o companheiro de cuja cooperação necessita, nos horários em que esse mesmo companheiro, por sua vez, necessita de trabalhar a fim de prover a própria subsistência.

O amigo que não se viu satisfeito ante a conduta do colega, na instituição, e deserta, revoltado, englobando todos os demais em franca reprovação, incapaz de reconhecer que essa é a hora de auxílio mais amplo.

O espírita que se nega ao concurso fraterno somente prejudica a si mesmo.

Devemos perdoar e esquecer se quisermos colaborar e servir.

A rigor, sob as bênçãos da Doutrina Espírita, quem pode dizer que ajuda alguém? Somos sempre auxiliados.

Ninguém vai a um templo doutrinário para dar, primeiramente.

Todos nós aí comparecemos para receber, antes de mais nada, sejam quais forem as circunstâncias.

Fujamos à condição de sensitivas humanas, convictos de que a honra reside na tranqüilidade da consciência, sustentada pelo dever cumprido.

Com a humildade não há o melindre que piora aquele que o sente, sem melhorar a ninguém.

Cabe-nos ouvir a consciência e segui-la, recordando que a suscetibilidade de alguém sempre surgirá no caminho, alguém que precisa de nossas preces, conquanto curtas ou aparentemente desnecessárias.

E para terminar, meu irmão, imagine se um dia Jesus se melindrasse com os nossos incessantes desacertos...

Livro: O Espírito da Verdade
Cairbar Schutel & Francisco Cândido Xavier

Fonte: http://mensagemdeluz.kit.net/

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

O BEM É MUITO SIMPLES



Você já sorriu hoje?

É provável que não tenha percebido o valor do sorriso.


Esse conjunto de peroladas gemas que você traz na boca, ao se mostrar no impulso da sua alegria, é capaz de mover incríveis obstáculos, de transformar ocorrências ou de iluminar vidas.


É muito fácil sorrir. O sorriso é muito simples. É como respirar...


Compreensível é que você se sinta tímido para realizar uma pequena gentileza por falta de hábito; ceder um assento a alguém; carregar um pacote para algum idoso, gestante ou para quem esteja com dificuldades; prestar uma informação com boa vontade ou silenciar diante de alguma provocação maligna.


Afinal, nas vias terrenas, a esperteza criminosa, a pornografia granfina, a violência diária, o desequilíbrio, é que costumam receber aplauso, merecer páginas de jornais e virar notícia de televisão quase sempre. 


Pense, porém, que é imprescindível que a gente aprenda a criar intimidade com a bondade.


Torna-se muito simples fazer o bem, desde que você não esteja assoberbado por mágoas, por culpas, por anseios gananciosos ou estados de rebeldia íntima.


No esforço de aproveitar cada um dos seus dias, faça o bem que puder, qualquer que ele seja, onde você estiver, porque o bem responde sempre com novo bem, que se dirige, invariavelmente, às pessoas que lhe deram nascedouro.


Muito bom e fácil de ser desenvolvido é o ato voltado para a bondade, para a benignidade, para a gentileza em qualquer nível.


Praticar o bem em qualquer das suas dimensões, seja objetiva ou subjetivamente, significa acumular alegria e harmonia no próprio coração.


* * *

Onde estejamos, seja onde for, não olvidemos estender o sorriso, por oferta sublime da própria alma.


Ele é o agente que neutraliza o poder do mal e a oração inarticulada, que inibe a extensão das trevas.


Com ele, apagaremos o fogo da cólera, cerrando a porta ao incêndio da crueldade.


Por ele, estenderemos a plantação da esperança, soerguendo almas caídas na sombra, para que retornem à luz. 


Em casa, é a benção da paz, na lareira da confiança.


No trabalho, é música silenciosa incentivando a cooperação.


No mundo, é chamamento de simpatia.


Sorrindo para a dificuldade, a dificuldade transformar-se-á em socorro de nossa vida.


Sorrindo para a nuvem, e ainda mesmo que a nuvem se desfaça em chuva de lágrimas em nossos olhos, o pranto será conforto do céu, a fecundar-nos os campos do coração.


Não nos roga o desesperado solução do enigma de sofrimento que lhe persegue o destino. Implora-nos um sorriso de amor, que renove as forças, para que prossiga em seu atormentado caminho.


E, em verdade, se os famintos e os nus nos pedem pão e agasalho, esperam de nós, acima de tudo, o sorriso de ternura e compreensão que lhes acalme chagas ocultas.


Não condenemos as criaturas que se arrojam aos precipícios da violência e do crime. Ofereçamos o sorriso generoso da fraternidade, que ajuda incessantemente, e voltar-se-ão, renovadas, para o roteiro do bem.


Sorrindo,trabalhemos e aprendamos, auxiliando e amando sempre. 


Lembremos de que o sorriso é o orvalho da caridade e que em cada manhã, o dia renascente no céu é um sorriso de Deus.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 27, do livro Ações corajosas para viver em paz, pelo Espírito Benedita Maria, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter e no cap.Sorriso, do livro Sentinelas da alma, pelo Espírito Meimei, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. IDEAL. Em 5.8.2016.


Fonte: http://www.momento.com.br

sexta-feira, 8 de julho de 2016

A HARMONIA DO UNIVERSO


Autor: José Reis Chaves


Inspirei-me para esta coluna no interessante "Debate do Dia", em O TEMPO de 10-4-2003: "O equilíbrio sempre existiu na natureza?"

É uma idéia muito particular e subjetiva a de quem afirma que não há harmonia no cosmo e na natureza. E ter-se-ia um dos debatedores confundido macrocosmo com macrossomo? Ele tachou o Universo de macrossomo (monstruoso, por ser muito grande) e microssomo (monstruoso, por ser muito pequeno). E há diferença, sim, entre as leis do microcosmo e macrocosmo, mas, quantitativa, e não qualitativa, pois as partes estão contidas no todo. Na natureza, às vezes, há destruição, como no papel de Xiva na Trindade Hindu, o qual destrói, sim, mas para uma reconstrução nova e melhor. Xiva corresponde ao que é o (um) Espírito Santo cristão, que constrói o que é bom e santo. Cosmo é sinônimo de universo, e significa perfeição, harmonia, beleza. Daí, cosmético, o que embeleza, e que tem como antônimo caos, abismo, feio, como era tudo antes de Deus criar as primeiras coisas, segundo a Bíblia.

Cientistas da Física Quântica, como Max Planck, Niels Bohr, Werner Heisenberg, afirmam que nós, ao observarmos um fenômeno, não somos só observadores, mas também, co-participantes dele, e que, com a nossa consciência, podemos influenciar todas as energias do universo. Se assim é, não seria a nossa consciência responsável, também, pelas energias causadoras dos distúrbios e cataclismos naturais, já que ela é, igualmente, a responsável pelos nossos carmas ou Lei de Causa e Efeito?

Segundo os físicos quânticos, as coisas invisíveis são mais reais do que as visíveis, o que está de acordo com o ensino de São Paulo: "Não nos prendamos às coisas visíveis que são transitórias, mas às invisíveis que são eternas". E é ainda Paulo que ensina: "O visível vem a existir das coisas que não aparecem" (Hebreus 11,3). Aliás, tudo que surge, como sendo visível, desaparece, mas sem se perder, ao voltar ao invisível, pois tudo volta à sua fonte de origem. Isso nos lembra Lavoisier: "Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma". Lembra-nos, também, Pietro Ubaldi ("A Grande Síntese"): "Tudo que começa tem fim, e tudo o que tem fim recomeça, como tudo o que nasce morre, e tudo o que morre, renasce". E ainda nos lembra Salomão: "O que foi é o que há de ser ; e o que se fez, isso se tornará a fazer: nada há, pois, de novo debaixo do Sol" (Eclesiastes 1,9). E, principalmente nós, espíritos imortais, não somos novos debaixo do Sol, pois já estivemos aqui na Terra em várias encarnações passadas. 

Terminamos esta matéria sobre a harmonia do Universo, citando Einstein, que, antes de desencarnar, tornou-se também um físico quântico: "Creio em Deus que se revela na harmonia ordenada do Universo, e que a inteligência está manifesta em toda a Natureza." 

Autor de "Quando Chega a Verdade", Ed.Martin Claret, entre outros livros.

E-mail: escritorchaves@ig.com.br

Fonte: http://www.oespiritismo.com.br

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