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"Vives novamente na carne para o burilamento do teu espírito." - Militão Pacheco

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quarta-feira, 20 de agosto de 2014

DISCIPLINA DO PENSAMENTO



Você consegue imaginar quantos pensamentos temos por dia?


Estudiosos informam que temos entre sessenta a noventa e cinco mil pensamentos em vinte e quatro horas.

É uma quantidade realmente muito grande...

Isso significa, por exemplo, que durante esta mensagem poderemos chegar a ter entre duzentos a trezentos e trinta pensamentos!

Trazemos então uma primeira reflexão: Quantos desses tantos pensamentos diários são bons, úteis? Quantos são maus, inúteis?

Infelizmente a maioria deles ainda não pode ser classificada como pensamentos saudáveis e construtivos, porém, existem formas de se disciplinar o pensar, pois bem pensar é a elevada forma de se viver.

Aqui vão alguns ensinamentos importantes a respeito da disciplina do pensamento.

Se meditarmos em assuntos elevados, na sabedoria, no dever, no sacrifício, nosso ser impregna-se, pouco a pouco, das qualidades de nosso pensamento.

É por isso que a prece improvisada, ardente, o impulso da alma para as potências infinitas, tem tanta virtude.

É preciso aprender a fiscalizar os pensamentos, a discipliná-los, a imprimir-lhes uma direção determinada, um fim nobre e digno.

Cada tipo de pensamento tem que ter a sua hora, o seu lugar. Não devemos estar em casa, com a família, e com os pensamentos em outro lugar, como, por exemplo, no ambiente de trabalho.

Cada vez que surja um mau pensamento, essa fiscalização fará com que um alerta se acenda em nós, e tomemos alguma atitude para expulsá-lo o mais rápido possível.

É bom também viver em contato, pelo pensamento, com escritores de gênio, com os autores verdadeiramente grandes de todos os tempos e países, lendo, meditando sobre suas obras, impregnando o nosso ser da substância de suas almas.

É necessário escolhermos com cuidado nossas leituras, depois amadurecê-las e assimilar-lhes a quintessência. Em geral lê-se demais, lê-se depressa e não se medita.

O estudo silencioso e recolhido é sempre fecundo para o desenvolvimento do pensamento. É no silêncio que se elaboram as obras fortes.

Há também a prática de meditar. Na meditação o Espírito se concentra, volta-se para o lado grave e solene das coisas. A luz do mundo espiritual banha-o com suas ondas.

Evitemos as discussões ruidosas, as palavras vãs, as leituras frívolas.

Sejamos sóbrios de jornais, TV e Internet. O contato com essas mídias, fazendo-nos passar continuamente de um assunto para outro, torna o Espírito ainda mais instável.

A alma oculta profundezas onde o pensamento raras vezes desce, porque mil objetos externos ocupam-no incessantemente.

Disciplinar os pensamentos significa disciplinar a vida, e escolher caminhos mais seguros.

Na nascente de todos os atos, palavras e ideias estão os pensamentos. Mudemos a matriz e teremos uma vida renovada e mais feliz.

Lembremo-nos: bem pensar é a elevada forma de viver!


Redação do Momento Espírita com base no cap. XXIV, do livro O problema do ser, do destino e da dor, de Léon Denis, ed. Feb. Em 24.05.2011.

Fonte: http://www.momento.com.br

domingo, 17 de agosto de 2014

INCOMPREENSÃO


"Fiz-me fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos para, por todos os meios, chegar a salvar alguns." - Paulo. (I CORÍNTIOS, 9:22.)

A incompreensão, indiscutivelmente, é assim como a treva perante a luz, entretanto, se a vocação da claridade te assinala o íntimo, prossegue combatendo as sombras, nos menores recantos de teu caminho.

Não te esqueças, porém, da lei do auxílio e observa-lhe os princípios, antes da ação. 

Descer para ajudar é a arte divina de quantos alcançaram conscienciosamente a vida mais alta.

A luz ofuscante produz a cegueira.

Se as estrelas da sabedoria e do amor te povoam o coração, não humilhes quem passa sob o nevoeiro da ignorância e da maldade.

Gradua as manifestações de ti mesmo para que o teu socorro não se faça destrutivo.

Se a chuva alagasse indefinidamente o deserto, a pretexto de saciar-lhe a sede, e se o Sol queimasse o lago, sem medida, com a desculpa de subtrair-lhe o barro úmido, nunca teríamos clima adequado à produção de utilidades para a vida. 

Não te faças demasiado superior diante dos inferiores ou excessivamente forte perante os fracos.

Das escolas não se ausentam todos os aprendizes, habilitados em massa, e sim alguns poucos cada ano.

Toda mordomia reclama noção de responsabilidade, mas exige também o senso das proporções.

Conserva a energia construtiva do exemplo respeitável, mas não olvides que a ciência de ensinar só triunfa integralmente no orientador que sabe amparar, esperar e repetir.

Não clames, pois, contra a incompreensão, usando inquietude e desencanto, vinagre e fel.

Há méritos celestiais naquele que desce ao pântano sem contaminar-se, na tarefa de salvação e reajustamento.

O bolo de matéria densa reveste-se de lodo, quando arremessado ao poço lamacento, todavia, o raio de luz visita as entranhas do abismo e dele se retira sem alterar-se.

Que seria de nós se Jesus não houvesse apagado a própria claridade fazendo-se à semelhança de nossa fraqueza, para que lhe testemunhássemos a missão redentora? Aprendamos com ele a descer, auxiliando sem prejuízo de nós mesmos.

E, nesse sentido, não podemos esquecer a expressiva declaração de Paulo de Tarso quando afirma que, para a vitória do bem, se fez fraco para os fracos, fazendo-se tudo para todos, a fim de, por todos os meios, chegar a erguer alguns.

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Fonte Viva'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Extraído de: http://anjo-de-resgate.blogspot.pt

sábado, 16 de agosto de 2014

O SOFRIMENTO NOS FORTALECE


Nossa visão limitada dos acontecimentos da vida, às vezes, não nos permite entender os mecanismos divinos na coordenação da Sua obra.

Quando vemos um pequeno ramo verde romper a terra firme e elevar-se na direção do sol, buscando instintivamente a luz, não compreendemos quais são os objetivos divinos para a pequena planta.

Passados alguns dias, voltamos a atenção para o pequeno ramo e nos surpreendemos...

Já não é mais um raminho, está mais forte. Contudo, o vemos agora ser açoitado por rajadas de vento, por chuvas torrenciais ou pelo sol escaldante. 

A pequena planta se dobra... É jogada de um lado para o outro. Algumas folhas, ainda frágeis, não resistem, desprendem-se do galho e são levadas... 

A chuva castiga, o sol maltrata, mas a pequena árvore não sucumbe. 

Dentro de alguns anos o tronco estará mais firme, já não se dobrará tanto com os açoites do vento, e as raízes buscaram sustentação no solo generoso. 

E nesse fenômeno da natureza os objetivos do Criador se cumprem... 

A semente se converte em planta, que se faz árvore, floresce, frutifica e espalha novas sementes que germinarão e frutificarão. 

* * *

Como ocorre com a árvore, nós também passamos por momentos em que sentimos, no corpo e na alma, os açoites do vento cruel dos sofrimentos.

Outras vezes, são as tempestades de problemas que testam a nossa resistência...

Em outros momentos é o sol escaldante da solidão, do desalento, fazendo-nos exaustos e desejosos de nos deixar cair para não mais levantar... 

Ainda aí, devemos nos espelhar nos exemplos da natureza. 

A árvore somente se mantém em pé porque se faz flexível diante dos embates. 

Enquanto o vento a faz dobrar-se, as raízes se firmam no solo, tornando-a mais forte e resistente. 

Mesmo quando as baixas temperaturas do inverno lhe crestam a ramagem, ela não desiste, permanece em pé, aparentemente vencida, para, logo mais, enfeitar-se novamente com folhas e flores e continuar em busca do sol, sua fonte de vida. 

Pensando a respeito dessas singelas experiências da natureza, poderemos entender os objetivos do sofrimento em nossas vidas. 

Jesus, o Espírito mais sábio de que a Terra teve notícias, alertou que nada há oculto que não venha a ser descoberto. Essa é a realidade da qual não poderemos fugir, por mais que tentemos. 

Assim sendo, é decisão inteligente de nossa parte agirmos de tal forma que, se forem divulgados nossos pensamentos e atos, de nada tenhamos que nos envergonhar. 

Em outras palavras, é importante que nossa vida seja um livro aberto, do qual não tenhamos de arrancar nenhuma página ou adulterar nenhuma linha, na tentativa de enganar a ninguém, muito menos de enganar a Deus. 

* * * 

Uma das causas de sofrimento dos Espíritos é o fato de perceberem que os equívocos cometidos não se apagaram com a morte. 

Muitos tentam fugir de suas vítimas, que os aguardam no além-túmulo, ou fugir de si mesmos, tamanha a carga negativa que acumularam na própria consciência. 

Assim, enquanto estamos a caminho, repensemos nossos valores, nossas atitudes. 

E se percebermos que não estamos agindo de acordo com a sã consciência, corrijamos o nosso passo, para nosso próprio bem. 

Redação do Momento Espírita. Em 19.09.2008. 

Fonte: http://www.momento.com.br

ISSO TAMBÉM PASSARÁ


O médium mineiro Francisco Cândido Xavier contou que, num de seus dias de profunda amargura, solicitou ao benfeitor espiritual que levasse o seu pedido de socorro à Maria de Nazaré, para que ela o consolasse, já que seus problemas eram graves.

Após alguns dias, o benfeitor retornou dizendo-se portador de um recado da mãe de Jesus.

Chico imediatamente pegou papel e lápis e colocou-se na posição de anotar: Pode falar, tomarei nota de cada palavra.

Emmanuel, benfeitor atencioso, lhe falou:

Anote aí, Chico. Maria me pediu para que trouxesse o seguinte recado:

"Isso também passará. Ponto final."

Chico tomou nota rapidamente e perguntou ao benfeitor: Só isso?

E ele respondeu: É, Chico. A Mãe Santíssima pediu para lhe dizer que isso também passará.

* * *

Como Chico Xavier, muitos de nós, quando visitados pela dor, gostaríamos de receber uma mensagem individual de consolo.

Pensando que fomos esquecidos pela Divindade, rogamos nos seja concedida uma deferência especial por parte dos benfeitores espirituais.

Todavia, Deus tudo sabe e tudo vê. Nada acontece sem Seu consentimento, basta que depositemos confiança em Suas soberanas Leis.

Todas as coisas, na Terra, passam...

Os dias de dificuldades passarão...

Passarão também os dias de amargura e solidão...

As dores e as lágrimas passarão.

As frustrações que nos fazem chorar... um dia passarão.

A saudade do ser querido que se vai na mão da morte, passará.

Os dias de glórias e triunfos mundanos, em que nos julgamos maiores e melhores que os outros... igualmente passarão.

Essa vaidade interna que nos faz sentir como o centro do Universo, um dia passará.

Dias de tristeza... Dias de felicidade... São lições necessárias que, na Terra, passam, deixando no Espírito imortal as experiências acumuladas.

Se hoje, para nós, é um desses dias repletos de amargura, paremos um instante.

Elevemos o pensamento e busquemos a voz suave da Mãe amorosa a nos dizer carinhosamente: Isso também passará...

E guardemos a certeza, pelas próprias dificuldades já superadas, que não há mal que dure para sempre.

* * *

O planeta Terra, semelhante a enorme embarcação, às vezes parece que vai soçobrar diante da turbulência de gigantescas ondas.

São guerras, interesses mesquinhos, desvalores...

Mas isso também passará, porque Jesus está no leme dessa nau, e segue com o olhar sereno de quem guarda a certeza de que a agitação faz parte do roteiro evolutivo da Humanidade, e que um dia também passará.

Ele sabe que a Terra chegará a porto seguro porque essa é a sua destinação.

Assim, façamos a nossa parte o melhor que pudermos, sem esmorecimento.

E confiemos em Deus, aproveitando cada segundo, cada minuto, que agora, já não é mais o mesmo de quando iniciamos o programa e o de agora, também passará...

Redação do Momento Espírita. Em 27.08.2009.

Fonte: http://www.momento.com.br

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

ACALMA-TE


“...a Deus tudo é possível...” Jesus
MATEUS 19:26

Seja qual for a perturbação reinante, acalma-te e espera, fazendo o melhor que possas.

Lembra-te de que o Senhor Supremo pede serenidade para exprimir-se com segurança.

A terra que te sustenta o lar é uma faixa de forças tranqüilas.

O fruto que te nutre representa um ano inteiro de trabalho silencioso da árvore generosa.

Cada dia que se levanta é convite de Deus para que lhe atendamos à Obra Divina, em nosso próprio favor.

Se te exasperas, não Lhe assimilas o plano.

Se te afeiçoas à gritaria, não Lhe percebes a voz.

Conserva-te, pois, confiante, embora a preço de sacrifício.

Decerto, encontrarás ainda hoje, corações envenenados que destilam irritação e desgosto, medo e fel.

Ainda mesmo que te firam e apedrejem, aquieta-te e abençoa-os com a tua paz.

Os desesperados tornarão à harmonia, os doentes voltarão à saúde, os loucos serão curados, os ingratos despertarão...

É da Lei do Senhor que a luz domine a treva, sem ruído, sem violência.

Recorda-te que toda dor, como toda nuvem, forma-se, ensombra-se e passa...

Se outros gritam e oprimem, espancam e amaldiçoam, acalma-te e espera...

Não olvides a palavra do Mestre quando nos afirmou que a Deus tudo é possível, e, garantindo o teu próprio descanso, refugia-te em Deus.

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Palavras de Vida Eterna'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

domingo, 10 de agosto de 2014

CAPAS


"E ele, lançando de si a sua capa, levantou-se e foi ter com Jesus." - (MARCOS, 10:50.)

O Evangelho de Marcos apresenta interessante notícia sobre a cura de Bartimeu, o cego de Jericó. Para receber a bênção da divina aproximação, lança fora de si a capa, correndo ao encontro do Mestre, alcançando novamente a visão para os olhos apagados e tristes.

Não residirá nesse ato precioso símbolo?

As pessoas humanas exibem no mundo as capas mais diversas. Existem mantos de reis e de mendigos. Há muitos amigos do crime que dão preferência a “capas de santos”. Raros os que não colam ao rosto a máscara da própria conveniência. Alega-se que a luta humana permanece repleta de requisições variadas, que é imprescindível atender à movimentação do século; entretanto, se alguém deseja sinceramente a aproximação de Jesus, para a recepção de benefícios duradouros, lance fora de si a capa do mundo transitório e apresente-se ao Senhor, tal qual é, sem a ruinosa preocupação de manter a pretensa intangibilidade dos títulos efêmeros, sejam os da fortuna material ou os da exagerada noção de sofrimento. A manutenção de falsas aparências, diante do Cristo ou de seus mensageiros, complica a situação de quem necessita. Nada peças ao Senhor com exigências ou alegações descabidas. Despe a tua capa mundana e apresenta-te a Ele, sem mais nem menos.

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Caminho, Verdade e Vida'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier. 

Extraído de: http://anjo-de-resgate.blogspot.pt

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

UNIÃO ESTÁVEL À LUZ DA DOUTRINA ESPÍRITA - Walter José de Carvalho Bezerra


Realmente não existem coincidências. No Universo, a Inteligência Suprema que a tudo e todos dirige, traça um plano individual e coletivo para toda a humanidade, em todos os planos e mundos, conhecidos e desconhecidos dos sentidos limitados dos homens de nosso planeta. Portanto, concordamos em que não existe o "acaso". Também não acreditamos no destino da maneira como tem sido forjado pela mente humana.
Acreditamos no Amor. Acreditamos na Lei de Reprodução, Justiça, Amor e Caridade. Acreditamos que os espíritos, encarnados e desencarnados, se buscam nas multidões deste Universo fantástico e magnífico. Em "O Livro dos Espíritos", na pergunta 386, encontramos: "Podem dois seres que se conheceram e estimaram encontrar-se em outra existência corporal e reconhecer-se?" A resposta dos Espíritos Superiores dada a Allan Kardec foi: "Reconhecer-se não. Podem, porém, sentir-se atraídos um pelo outro. E, freqüentemente, diversa não é a causa de íntimas ligações fundadas em sincera afeição. Os dois seres se aproximam devido a circunstâncias aparentemente fortuitas, mas que na realidade, resultam da atração de dois Espíritos, que se buscam reciprocamente por entre a multidão" (grifos nosso) . Só que, na verdade, podem não ter se conhecido em outras existências, mas são espíritos afins ou por ideais ou por sentimentos ou por necessidades. São espíritos simpáticos. Não podemos esquecer que isto não quer dizer estarem no caminho do bem. Nossos sentimentos, objetivos e idéias podem estar distorcidos, não acompanhando a Lei Divina. Como também podemos dizer: Somos antipáticos àquele grupo. Mas isso acontece porque nossas idéias se contrapõem às deles, por já conhecermos ou recordarmos a Lei de Deus, que está gravada em nossa consciência.Também acreditamos que dois espíritos possam encarnar para um dia se encontrarem e muito se amarem. Existem, sim, conforme citado por Saulo de Tarso do CEPEAK, as uniões, provacionais,sacrificiaisafins e transcendentais. A maioria das uniões são provacionais, onde duas almas se encontram em processo de reajustamento. Daí as desarmonias, a desconfiança, os conflitos.Mas, também, entendemos que o verdadeiro casamento ou união é o casamento ou união de “almas”. Os outros são relações de amizade, ajuda mútua ou mesmo ajuste de contas. A união sacrificial é aquela em que uma alma iluminada se propõe a ajudar uma alma que se atrasou na sua jornada evolutiva. A união afim é aquela que reúne almas esclarecidas que muito se amam. As pessoas sentem como que se já tivessem se encontrado antes. E o amor é profundo, em paz e harmonia. A união transcendente é aquela de almas engrandecidas no bem que se reencontram no plano físico para grandes realizações. Não importam, nestes casos (afins e transcendência), as diferenças culturais ou sociais. Ao longo de nossa existência e trabalho na Seara Espírita e dedicação a estudos e pesquisas, seja no espiritismo experimental, filosofia ou religião, chegamos também a conclusão que, a medida em que o homem evolui do Reino Hominal para o Reino Espiritual, sem hipocrisia, como nos alerta o Prof. José Herculano Pires, e agindo de acordo com as Leis Divinas (Leis Naturais), mesmo as pessoas casando-se mais de uma vez, para o plano maior o que vale é o casamento de almas, ou seja, a combinação vibratória de dois seres (humanos) que se amam.
Deus, em sua infinita bondade e misericórdia, não punirá seus filhos por muito amarem ou se reencontrarem em alguma destas novas viagens, mesmo quando as condições dos homens, na atualidade, com suas Leis Sociais adequadas apenas à sua ânsia de poder, sejam as mais adversas possíveis.
O que se condena são os excessos, a promiscuidade, as desculpas de que agora se encontrou a “alma gêmea” para se cometer abusos e enganar os incautos. O que a Doutrina Espírita, enquanto moral cristã, apregoa é a paciência, tolerância, abnegação, resignação, fraternidade, ajuda aos nossos semelhantes e em especial aos nossos parceiros de labuta diária, especialmente se temos filhos, presentes de Deus que temos sob nossa responsabilidade de educar e formar para o porvir.
Acreditamos que o matrimônio ou união estável verdadeiramente só se realiza com acerto e em virtude de mútua simpatia. Assim, com afinidade e transcendência, será uma união perfeita e inseparável, um laço forte que prenderá os casais pela eternidade afora.
Sabemos que nos tempos antigos a existência de muitos filhos era considerada uma grande riqueza. As mulheres estéreis eram, por sua vez, perseguidas. Daí Móises ter consentido na “carta de divórcio”. O Homem-Jesus objetivando coibir esse abuso procurou remediar e disse: “Eu, porém vos digo que aquele que repudiar sua mulher a não ser por motivo de adultério e casar com outra, comete adultério; assim como aquele que casar com uma mulher repudiada, também comete adultério”.
Ora, para Deus nada valem os corpos; só os Espíritos valem. Entendemos, então, que a união do homem e da mulher será então ao mesmo tempo a união de dois corpos para a reprodução, todavia determinada por poderosa e irresistível simpatia, uma aliança que se efetive para sustentação e apoio mútuos, no desempenho dos encargos da existência, dos sofrimentos e dos infortúnios, na inteligência de Faride Moutran do FEEU de Porto Alegre.
Concluímos que o matrimônio e/ou a União Estável de dois seres que se amam, realizados com amor sublime, puro e verdadeiro, com base nas grandes famílias espirituais das quais fazemos parte, será uma união indissolúvel de dois espíritos em cumprimento às palavras do Divino Mestre: “Já não são dois, mas uma só carne; não separe o homem o que Deus uniu”.
Que Deus abençoe todas as uniões realizadas com pureza d’alma, com simpatia plena, sem provocar dores e sofrimentos e, com profundo respeito aos que não continuarão conosco as jornadas ainda a serem trilhadas.
Somos, em fim, uma grande família e irmãos em Cristo, filhos do mesmo Pai, e, portanto, evitemos os ódios e rancores que provocam as separações traumatizantes, evitemos o desprezo de nossos filhos e, por fim, evitemos os desgostos dos familiares carnais, para que não construamos novos débitos na contabilidade divina.
Conclamamos todos os irmãos a agirem com equilíbrio e sabedoria na constituição de suas uniões, seja pelo matrimônio, seja àquelas denominadas estáveis, seja na manutenção das antigas uniões, seja na constituição de novas famílias, a partir de famílias pré-existentes. Mas, não olvidemos jamais que o homem está neste globo terrestre para crescer e se desenvolver espiritualmente, para ser feliz, e neste contexto a família, pelo matrimônio e/ou união estável é o pilar, o sustentáculo para evolução da humanidade.

Fontes:
  • O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec – Ed. FEB.- 109ª Edição, 1994.
  • O Livro dos Espíritos – Allan Kardec – Ed. IDE, 119ª Edição, 1998.
  • Curso Dinâmico de Espiritismo – O grande desconhecido – José Herculano Pires - Ed. Paidéia – 2ª Edição, 1982.
  • Bíblia Sagrada – Edição Missionária – Tradução de João Ferreira de Almeida Atualizada no Brasil, 2ª Edição, São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993.
  • Jornal do CEPEAK – MAI/JUN –2002 –Tipos de Casamento e a Sociedade Pág. 8 - Artigo de Saulo de Tarso.
  • Imitação do Evangelho – FEEU – 1ª Ed. Julho 1976 – Faride Moutran – Prefácio de Edgard Armond em 24.12.1971 e com brilhante Parecer do Prof. J. Herculano Pires, em 2.03.1972.

✿❤✿ Michel Pépé - Elixir d'Amour - Retrouvailles
https://www.youtube.com/watch?v=pkWpsNffVi4

SÓ O BEM PREVALECE

domingo, 3 de agosto de 2014

PENSAMENTO E SAÚDE


Mente sã, corpo são.
Possivelmente, nunca antes fez tanto sentido o provérbio popular, derivado de antigo poema romano.
Estudos e mais estudos têm sido produzidos, ligando a qualidade de nossos pensamentos à saúde do corpo físico.
Nunca se falou tanto em somatização.
As ciências tradicionais ocidentais finalmente encontraram na alma humana a fonte da saúde e da doença.
Pensamento e saúde são termos da mesma equação da vida.
Não existem doenças, mas sim doentes. O pensamento em desequilíbrio, a alma enferma e desestabilizada, produz no organismo o desajuste das células.
Em contrapartida, a mente sã, povoada de pensamentos de alegria, cooperação e amor, gera naturalmente, no corpo físico, a harmonia celular, produzindo saúde em abundância.
Vejamos alguns exemplos: a ansiedade estimula a secreção de adrenalina, que sobrecarrega o sistema nervoso e o descontrola;
o pessimismo perturba o aparelho digestivo e produz distúrbios gerais;
o medo e a revolta são agentes de úlceras gástricas e duodenais de curso largo;
da mesma forma, a tranquilidade, o otimismo, a coragem são estimulantes que trabalham pela harmonia emocional e orgânica, produzindo salutares efeitos na vida.
O homem se torna o que pensa, portanto, o que quer.
Os pensamentos emitidos atraem ou sintonizam outros semelhantes, nas mesmas faixas de ondas mentais por onde transitam as aspirações e os estados psíquicos de toda a Humanidade.
Adicionados a esses, temos as mentes dos desencarnados que se intercomunicam com os homens, vibrando nos climas que lhes são afins.
Assim, levando tudo isso em conta, é importante que nos acostumemos a pensar de forma edificante.
Assumamos uma postura vitoriosa. Atraiamos pensamentos salutares.
O cérebro é antena que emite vibrações e as capta incessantemente.
Irradiemos a ideia do bem, do progresso, da paz, e captaremos, por sintonia, equivalentes estímulos para o nosso bem.
Quem pensa em derrota, já perdeu uma parte da luta por empreender. Quem cultiva o insucesso, dificilmente enfrentará os desafios para a vitória.
A cada momento, adicionemos experiências novas às nossas conquistas. A todo instante, pensemos corretamente e somaremos força psíquica para o êxito de nossa encarnação.
*   *   *
Bem pensar é a elevada forma de viver.
Alegria é saúde.
Podemos diariamente exercitar a substituição de maus por bons pensamentos, mudando os hábitos mentais, modificando as preferências e escolhas de leituras, notícias, artes e informações com as quais temos contato constante.
Só se pode atirar fora o lixo mental que acumulamos desequilibradamente nesses tempos, através de novos hábitos, da busca de novas fontes de sabedoria.
Orai e vigiai. - A nobre expressão cristã aplica-se com perfeição neste caso.
A oração eleva os pensamentos, fazendo-os entrar em contato com questões mais nobres e profundas da vida.
A vigilância faz-nos cuidar daquilo que anda em nossa mente, das cores impressas em nossos muitos pensares diários.
A qualidade de nossos pensamentos determina a saúde de nosso corpo físico.

Redação do Momento Espírita. Em 27.10.2011.

Fonte: http://www.momento.com.br

sábado, 2 de agosto de 2014

NÃO DEIXE PARA DEPOIS


O pai de família chegou em casa e se sentou à mesa com as contas do mês a pagar, e algumas já vencidas, quando seu filhinho, cheio de alegria, entrou correndo na sala e disse com entusiasmo:
Feliz aniversário, papai! Mamãe disse que você está completando cinquenta e cinco anos hoje, por isso eu vou lhe dar cinquenta e cinco beijos, um para cada ano.
O garoto começou a fazer o que prometera, quando o pai exclamou:
Oh! Filho, agora não! Estou tão ocupado!
O menino fez silêncio imediato. Mas o seu gesto chamou a atenção do aniversariante.
Olhando-o, o pai percebeu que havia lágrimas em seus grandes olhos azuis.
Desculpando-se, disse ao filho: Você pode terminar amanhã.
O menino não respondeu e não foi capaz de disfarçar o seu desapontamento, enquanto se afastava.
Naquela mesma noite o pai lhe falou: Venha cá e termine de me dar seus beijos agora, filho.
Ou ele não ouviu ou não estava mais com vontade, pois não atendeu ao pedido.
Dois meses depois, um acidente levou o garoto. Seu corpo foi sepultado num pequeno cemitério, perto do lugar onde ele gostava de brincar.
Aquele pai constantemente se sentava ao lado do túmulo do seu pequeno e, observando a natureza, pensava consigo mesmo:
O canto do sabiá não é mais doce que a voz do meu filho, e a rolinha que canta para os seus filhotes não é tão gentil como o menininho que deixou de completar a sua declaração de amor.
Ah! Se eu pudesse ao menos lhe dizer como me arrependo daquelas palavras impensadas, e como o meu coração está doendo agora por causa de minha falta de delicadeza.
Hoje eu fico aqui sentado, pensando em como pude não retribuir seu afeto, e entristeci seu pequeno coração, cheio de ternura.
*   *   *
Às vezes, por motivos banais, deixamos passar oportunidades únicas, que jamais se repetirão em nossas vidas.
São momentos em que uma distração qualquer nos afasta do abraço afetuoso de um ser querido...
Um compromisso, que poderíamos adiar, nos impede de ficar um pouco mais com alguém que nos deixará em breve...
Depois, como aconteceu ao pai que recusou os beijos do filho, só resta a dor do arrependimento.
E essa dor é como um fogo que queima sem consumir.
E não é necessário que a pessoa a quem negamos nossa atenção seja arrebatada pela morte, para que sintamos o desconforto do arrependimento.
Quantos filhos deixam de procurar os pais, por falta de atenção, e se vão, em busca de alguém que ouça seus desabafos ou responda suas perguntas.
Quantas esposas se fecham no mutismo, depois de várias tentativas de diálogo com o companheiro indiferente ou frio.
Quantos esposos se isolam, após tentativas frustradas de entendimento.
Por todas essas razões, vale a pena prestar atenção nos braços que se distendem para um abraço, os lábios que se dispõem para um beijo, as mãos que se oferecem para um carinho.
*   *   *
Um gesto de ternura deve ser sempre bem recebido, mesmo que estejamos sobrecarregados, cansados, sem vontade de atender.
Uma demonstração de amor é sempre bem-vinda, para dar novo colorido às nossas horas, ao nosso dia a dia, às nossas lutas.
O amor, quando chega, dissipa as trevas, clareia o caminho, perfuma o ambiente e refaz o ânimo de quem lhe recebe a suave visita.
Pense nisso!
Redação do Momento Espírita, com base em história de autoria ignorada. Disponível no cd Momento Espírita, v. 7 e no livro Momento Espírita, v. 3,  ed. Fep. Em 13.04.2012.

SER FELIZ


Você conhece alguém que não queira ser feliz?
Já se deparou com quem quer que seja, que não tenha a clara convicção de que deseja ser feliz?
Salvo alguém com algum tipo de distonia emocional, todos temos esse profundo desejo.
Porém, o que nos faz felizes? O que efetivamente constrói a nossa felicidade e nos realiza?
Por incrível que pareça, muitos não sabemos definir o que nos proporciona felicidade.
Assim, como não refletimos sobre nossa felicidade, compramos a receita da felicidade alheia.
Por falta de um conceito próprio, compramos uma ideia de felicidade que não é nossa, na crença de que, com isso, seremos felizes.
Quantos escolhemos a profissão, simplesmente, pelo status que confere, pelo reconhecimento social ou pela possibilidade de enriquecer?
Esquecemos de que, antes de qualquer coisa, deve ser fonte de prazer, de realização pessoal, de um sonho de vida.
Como resultado, nos tornamos profissionais infelizes, insatisfeitos, contando os dias para a aposentadoria.
Quantos abrimos mão do convívio com a família, das horas de descanso com os filhos e cônjuge para trabalhar mais, enriquecer mais rápido, adquirir mais bens e aumentar nosso patrimônio?
Esquecemos, no entanto, que algumas alegrias e prazeres, embora não sejam contabilizados no patrimônio ou discriminados na declaração de bens, não possuem preço nem moeda que os compre.
Não percebemos que, assim agindo, nos tornamos pessoas abarrotadas de bens e vazias do essencial.
Alguns consumimos anos de nossa vida alimentando rancores e ódios, desejos de vingança e malquerença contra alguém por algum constrangimento, um desaforo, um deslize.
Fixamo-nos em um momento de nossa vivência emocional, e nos acorrentamos em uma história que ficamos a remoer, perdendo o ensejo de continuar a vida, de refazer valores e conceitos, melhorando e aprendendo com as situações infelizes.
Nem notamos como nos permitimos transformar em pessoas amargas, pessimistas, de difícil trato e convivência.
Construir a própria felicidade não é um processo simples.
Não é suficiente desejar ser feliz. É necessário agir para tanto, contruindo a felicidade com ações, fazendo as opções corretas e adequadas.
E, muitas das vezes, a felicidade nasce apenas no simplificar das coisas da vida.
Criamos a necessidade de possuir muitas joias, bens, objetos de arte, quando o importante é apenas ter a posse do necessário.
Abrimos mão de valores que são importantes, permitindo-nos corromper para atingir algum objetivo, quando o mais importante é ter a consciência tranquila.
Esquecemos de que somos seres imortais, em uma jornada passageira, iludindo-nos como se o mundo fosse a razão para tudo, perdendo até a esperança no amanhã.
E se fôssemos resumir qual a receita de felicidade possível nesse mundo aí estaria: a posse do necessário, a consciência tranquila e a fé no futuro.
Tudo o mais são as ilusões que construímos achando que serão elas que irão alimentar e manter a nossa felicidade.
Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita. Em 2.8.2014.

✿❤✿ Michel Pépé - La Rose Magnifique - Elixir d'Amour
https://www.youtube.com/watch?v=QqVPPLAhAus

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

O QUE MAIS SOFREMOS


O que mais sofremos no mundo:

Não é a dificuldade. É o desânimo em superá-la. 

Não é a provação. É o desespero diante do sofrimento. 

Não é a doença. É o pavor de recebê-la. 

Não é o parente infeliz. É a mágoa de tê-lo na equipe familiar. 

Não é o fracasso. É a teimosia de não reconhecer os próprios erros.

Não é a ingratidão. É a incapacidade de amar sem egoísmo. 

Não é a própria pequenez. É a revolta contra a superioridade dos outros. 

Não é a injúria. É o orgulho ferido. 

Não é a tentação. É a volúpia de experimentar-lhes os alvitres. 

Não é a velhice do corpo. É a paixão pelas aparências. 

Como é fácil de perceber, na solução de qualquer problema, o pior problema é a carga de aflição que criamos, desenvolvemos e sustentamos contra nós.

Ditado pelo Espírito Albino Teixeira. Do livro 'Passos da Vida' - Espíritos Diversos. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

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